quarta-feira, 30 de junho de 2010

O USO DO LASER NO TRATAMENTO DA HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA

A hipersensibilidade dentinária é um problema que atinge atualmente grande parte da população. Além de causar desconforto bucal, gera uma série de inconvenientes na vida psicosocial do indivíduo , levando-o a restrições alimentares.

O tratamento eficaz da sensibilidade dentinária tem sido motivo de várias pesquisas na odontologia durante os últimos anos, e sem dúvida alguma, com o advento do uso do laser na odontologia tem-se uma nova opção de tratamento.

Devemos considerar dois tipos de lasers para o uso odontológico: os lasers cirúrgicos e os lasers não cirúrgicos . Podemos utilizar estes dois tipos de laser no tratamento da hipersensibilidade dentinária, sendo que atuam de maneira totalmente diferente. Por isso torna-se muito importante o conhecimento do mecanismo de interação tecidual de cada equipamento, seus efeitos e resultados clínicos.

Os lasers cirúrgicos têm ação de corte, vaporização ,denaturação de proteínas e coagulação de vasos. Os lasers não cirúrgicos têm uma ação de biorregulação celular, com efeitos analgésicos, aintinflamatórios, cicatrizantes e miorrelaxantes.

A hipersensibilidade dentinária é devida à exposição da camada de dentina, após o desgaste da camada de esmalte ou cemento, expondo os túbulos dentinários e as terminações nervosas dos odontoblastos, que encontram-se dentro destes túbulos, que são submetidos a uma grande variedades de estímulos. Para Brännstrom (1964) a hipersensibilidade dentinária é resultado da ativação das fibras A da parede do tecido pulpar, que são fibras sensitivas na dentina. Os estímulos que ativam esses nervos são aqueles que removem os fluídos dos túbulos dentinários e mobilizam forças capilares causando um rápido fluído exterior(secreção) resultando uma rápida e similar secreção (fluído) na região da polpa do túbulo.

Ainda Brännstrom (1974), afirma que a hipersensibilidade é dada através das mudanças ocorridas na morfologia do dente e também pôr fatores psicológicos e neurofisiológicos, desde modo, não é facil diferenciar uma sensibilidade normal de uma hipersensibilidade.

A exposição da superfície dentinária pode ocorrer por uma série de fatores: pela escovação forçada, erosão, pela ablação que é causada pelo bruxismo, hábitos parafuncionais ou estresse oclusal; por problemas periodontais; por selamento incompleto da dentina após preparos de dentística; por deficiência fisiológica na junção esmalte-cemento; após preparos protéticos de dentes com vitalidade pulpar, após condicionamento do esmalte ou dentina por ácido não devidamente controlado, etc.

Jenson (1964) descreve que a cada quatro pacientes um apresenta os sintomas de hipersensibilidade dentinária. Esta dor foi definida por Lindhe (1988) como sendo aguda, súbita e de curta duração, podendo impedir a manutenção dos hábitos de higiene bucal, pois até o toque da escova pode causá-la.

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