quarta-feira, 11 de agosto de 2010
O clareamento dental feito pelo próprio paciente
Introdução:
O clareamento dental feito pelo próprio paciente em sua casa ganha cada dia mais popularidade ao passo em que as pessoas além da preocupação com a aparência, não têm mais tempo para seguidas consultas ao dentista.
Esse tratamento foi inicialmente proposto em 1960 nos EUA. Consiste, basicamente, na auto-aplicação por parte do paciente de um gel a base de peróxido de carbamida, através de uma moldeira plástica (placa), sempre sob a orientação e acompanhamento de um dentista.
O agente clareador:
O produto usado no clareamento caseiro é um gel de peróxido de carbamida. Existem inúmeras marcas disponíveis no mercado, algumas até vendidas em farmácias, supermecados e televisão, o que nós, cirurgiões dentistas, não aprovamos definitivamente. As diferenças básicas entre elas estão calcadas, especialmente, na concentração do peróxido, viscosidade e na presença de carbopol.
As concentrações podem variar entre 10, 16 e 22%. O carbopol é um polímero que tem como finalidade espessar o material e melhorar a aderência do gel aos tecidos dentais. Com isso, prolonga-se a liberação de oxigênio, tornando mais eficaz o efeito clareador.
Existem, também, para o clareamento caseiro, produtos a base de peróxido de hidrogênio nas concentrações de 1 a 10%. São pouco comuns e seu uso não é tão popular como o peróxido de carbamida.
Efeitos sobre os dentes:
O efeito colateral mais frequente é uma sensibilidade branda dos dentes às mudanças de temperatura. Isso ocorre mais na primeira hora após a remoção da moldeira. É passageira e dura enquanto o tratamento estiver sendo executado. Ela é atribuída ao fato de os clareadores "transitarem" com facilidade através do esmalte dental.
Infindáveis estudos laboratoriais, entre eles os de Murphy(1992), Heywood e Heyman(1993), Hunsaker et al(1990), entre outros, e os mais de 75 anos de uso convencional de peróxidos em alta concentração (35%) para clarear dentes, jamais revelaram quaisquer efeitos prejudiciais sobre a estrutura dental. Logo, concluimos que o tratamento para clareamento, quando corretamente indicado e supervisionado por um dentista, não traz malefício algum à saúde dental.
Efeitos sobre a saúde geral:
Cogitou-se a possibilidade de os géis a base de peróxido de carbamida serem carcinogênicos, ou seja, terem o potencial de provocar câncer. Vale salientar que peróxido de hidrogênio é naturalmente encontrado no organismo (inclusive nos olhos) e, além disso, o corpo tem mecanismos de defesa (as peroxidases) que regulam e reparam os danos celulares causados por ele.
Ao longo de quase um século de uso de peróxidos para clareamento dental, não foram relatados prejuizos à saúde que contra-indicassem seu uso. É, portanto, um tratamento seguro.
Como é feito:
Passamos a descrever a técnica mais usada no clareamento de dentes vitais feita pelo proprio paciente. Esta pode ter variações em alguns aspectos mas fomos o mais genéricos possível, para alcançamos o entendimento do maior número de pessoas, principalmente os leigos. Aguarde o carregamento das fotos.
Para melhor controlar a evolução do tratamento, primeiro clareamos os dentes superiores do paciente. Os dentes inferiores não serão clareados por enquanto e servirão como referência da cor original.
1. Anota-se, através de escalas de cor, a tonalidade original dos dentes. Fotografias são tiradas antes do tratamento.
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